PIB do Brasil cresce 1,4% no 1º trimestre de 2025, puxado por agropecuária, diz IBGE

Soja — Foto: Divulgação.
O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 1,4% no primeiro trimestre de 2025, frente aos três últimos meses do ano passado, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (30).
O crescimento foi puxado pela agropecuária, que avançou 12,2%. Também houve alta no setor de serviços (0,3%), enquanto a indústria não mostrou variação significativa (-0,1%).
Em valores correntes, a economia brasileira acumulou R$ 3 trilhões entre janeiro e março. Nos últimos quatro trimestres, o PIB cresceu 3,5%.
O setor agropecuário costuma pesar no PIB no começo do ano por causa da soja, que é o principal produto da agricultura brasileira e tem colheita entre janeiro e maio.
Os fenômenos climáticos também contribuíram, além da recuperação da queda do setor no fim do ano passado, explica Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE.
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Variação trimestral do PIB brasileiro no 1º trimestre de 2025 — Foto: Arte/g1
Entre as atividades industriais, houve queda nas Indústrias de Transformação (-1,0%) e na Construção (-0,8%). Já a Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (1,5%) e as Indústrias Extrativas (2,1%) tiveram desempenho positivo.
No setor de serviços, o principal crescimento foi de Informação e comunicação (3%). O único grupo que apresentou queda foi Transporte, armazenagem e correio (-0,6%).
Pelo lado da demanda, o consumo das famílias cresceu 1%, o consumo do governo subiu 0,1%, enquanto os investimentos tiveram ganho de 3,1% neste trimestre. Exportações subiram 2,9% e importações, 5,9%.
Comparação com 2024
Em relação ao primeiro trimestre de 2024, o PIB subiu 2,9%. Na época, o resultado foi puxado pelo comércio.
Agora, a agropecuária é destaque. O setor cresceu 10,2% em relação ao mesmo período do ano passado, principalmente por causa do bom desempenho de alguns produtos da lavoura com safra relevante no primeiro trimestre. Veja abaixo:
- soja: 13,3%;
- milho: 11,8%;
- arroz: 12,2%;
- fumo: 25,2%.
Na mesma comparação, a indústria cresceu 2,4%, puxada pelo setor de Construção (3,4%), que teve a sexta alta consecutiva, corroborada pelo aumento da ocupação na atividade e na produção dos insumos típicos, segundo o IBGE.
Também contribuiu a Indústria de Transformação (2,8%), por meio de máquinas e equipamentos, metalurgia, produtos químicos e farmacêuticos. A atividade de Eletricidade avançou 1,6%, puxada pelo consumo residencial.
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Por Júlia Nunes, g1 — São Paulo

