Foto: Reprodução/Instagram

A lei emergencial Paulo Gustavo foi lançada na manhã desta quarta-feira (10), durante coletiva com a Ministra da Cultura, Margareth Menezes, no Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA), em Salvador. 

Dos R$ 3,8 bilhões destinados a investimentos no setor cultural, R$ 2 bilhões serão repassados aos 26 estados mais o Distrito Federal e o restante, cerca de R$ 1,8 bilhão, será destinado aos demais setores e áreas culturais e artísticas. O estado da Bahia deverá receber ao menos R$ 286 milhões, sendo R$ 148 milhões para o fundo estadual de cultura e outros R$ 138 milhões para os municípios baianos, segundo o secretário de Cultura do Estado, Bruno Monteiro. “Esse valor será distribuído em conjunto para os 417 municípios da Bahia”, disse.

O decreto que oficializa a lei será assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e também pela ministra Margareth Menezes, na tarde de quinta-feira (11), na Concha Acústica do Teatro Castro Alves (TCA), no centro de Salvador, às 17h. Depois disso, os estados e municípios poderão solicitar os recursos do Fundo Nacional de Cultura para tocar projetos culturais.

“Esse recurso vai chegar em todas cidades do Brasil, ascendendo a cultura nos municípios. Essa Lei foi pensada para apoiar o setor e socorrer os trabalhadores da cultura que foram duramente atingidos pela pandemia de Covid-19”, disse Margareth, explicando ainda sobre a lei definitiva Aldir Blanc.

A Lei Paulo Gustavo, por ser emergencial, não vai contemplar editais para construções voltadas à cultura, mas apenas o suporte aos trabalhadores do setor. “Vamos lançar a Lei Aldir Blanc que é permanente por 5 anos e que vai permitir, aí sim, que o sistema econômico de cada lugar seja ativado porque as prefeituras poderão lançar editais e fomentar a economia de cada cidade”, completou a ministra.

Rita Lee

A ministra também lamentou a morte da roqueira Rita Lee e saudou a memória da artista que revolucionou a Música Popular Brasileira (MPB) e sobre a influência que recebeu da cantora. “Eu tive a oportunidade de cantar com ela. Rita fez um show aqui em Salvador e ela me convidou para subir no palco para cantar com ela. Este um momento que trago com muito carinho, pelo que ela representou para mim”, disse Margareth Menezes.

“Foi uma perda muito grande para a MPB. Ela era uma mulher revolucionária, sempre esteve à frente do seu tempo. Ela mostrou o lugar da mulher na MPB, ela deixou esse legado imenso em suas músicas, que sempre estiveram muito além do seu tempo, mas também mostrou as suas dores”, falou a ministra. “Para nós, para minha geração, era incrível porque a gente entendeu que a mulher podia tudo, podia cantar, tocar guitarra, mesmo (Rita Lee) sendo uma mulher branca, ela foi importante para nós por nos mostrar esse direito”, completou.

O corpo de Rita Lee é velado nesta quarta-feira (10), no Planetário, no Parque do Ibirapuera, na zona sul de São Paulo. O local foi escolhido pela própria cantora e compositora, que a chamava de “floresta encantada”. 

Rita morreu na noite de segunda-feira (8), em sua casa, na capital, depois de uma batalha contra um câncer de pulmão descoberto em 2021. O velório é aberto ao público e será realizado até às 17h. Depois, haverá uma cerimônia de cremação restrita à família.

Fonte: Muita Informação

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