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A empresa brasileira Havan, famosa no seguimento de varejo, fundada pelo empresário Luciano Hang, terá que pagar R$ 50 mil de indenização para uma ex-funcionária. A mulher moveu uma ação contra a empresa por preconceito racial. A vítima relatou que escutava do seu chefe frases como “melhora essa cara para não ir para o tronco” e “melhora essa cara para não tomar umas chibatadas”.
Na ação, a funcionária, que atuava como operadora de caixa desde agosto de 2018 na loja de Biguaçu (SC), afirma que, além das frases que remetem à tortura, o chefe teria mostrado a ela a foto de uma antiga escrava negra e dito: “achei uma foto tua no Facebook. Melhorasse né? Se não for você é alguma parente tua”.
Conforme informações divulgadas pela Coluna Painel, da Folha de S.Paulo, a decisão contra a empresa é em primeira instância e cabe recurso. O juiz do trabalho Fabio Augusto Dadalt, que acatou a denúncia, afirmou que o episódio racista sofrido pela ex-funcionária não é brincadeira. “Não é engraçado. Não é legal. Não deve ser aceito”, ressaltou o magistrado.
Em janeiro deste ano, foi sancionada a lei que iguala o crime de injúria racial ao crime de racismo, tornando a injúria racial também inafiançável e imprescritível.
Fonte: Portal Terra