Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Milhares de integrantes do Movimento Sem Terra (MST) chegaram ao município de Feira de Santana no domingo (10) e acamparam na Vila Olímpica dos Amadores, próximo ao Senai, no Anel de Contorno. Na manhã desta segunda-feira (11), eles marcham em direção à Prefeitura Municipal  para chamar  atenção para a pauta de reivindicação e realizar um protesto em apoio aos professores da rede municipal de ensino, que estão em greve.

Eles passarão a semana caminhando em direção a Salvador, onde devem chegar na terça-feira, dia 18 de abril, para acompanhar uma sessão na Assembleia Legislativa em memória do massacre de Eldorado do Carajás, que vitimou, no dia 17 de abril de 1996, 19 trabalhadores sem-terra na chamada “Curva do S”, em uma rodovia do Sul do Pará. Em seguida, eles tentarão um diálogo com o governo do estado relacionado a pauta de reivindicação.

Evanilton Costa, da direção nacional do MST, informou que por conta da pandemia deixaram de realizar a marcha com muitas pessoas, mas agora, com a pandemia controlada, foi possível reunir milhares de trabalhadores do campo para reivindicar a reforma agrária e a punição de envolvidos em assassinatos de membros do movimento.

“Sempre fizemos essa marcha de Feira de Santana para Salvador, em alguns momentos saímos de Santo Amaro, em alguns momentos saímos de Camaçari, e o objetivo desta marcha sempre foi denunciar as injustiças no campo, a impunidade, sempre lembramos do massacre de Eldorado do Carajás quando 19 pessoas foram assassinadas a sangue frio e até hoje há assassinos impunes. Tem um mês que mataram nosso companheiro Fábio em Iguaí, com 15 tiros na frente da filha e da esposa, também o companheiro Márcio Matos, então é uma marcha de protesto contra a impunidade no campo e de ao mesmo tempo denunciar a paralisação da Reforma Agrária, que neste governo mais de 400 processos de desapropriação foram engavetados em todo o país. Muitas famílias lutam há mais de 20 anos debaixo da lona preta”, informou.

Fonte: Acorda Cidade

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