Foto: Reprodução/Betto Jr. – Secom

A Prefeitura de Salvador assinou na manhã desta terça-feira (7), a ordem de serviço para o início das obras do memorial em homenagem ao 2 de Julho, além da requalificação do Pavilhão na Lapinha. O investimento é de R$ 1,8 milhão e o prazo de entrega será de quatro meses. As intervenções englobam a instalação de um memorial que vai permitir a visitação pública ao longo de todo o ano. O local também vai abrigar uma pequena exposição sobre a Independência do Brasil na Bahia e seus principais símbolos, personagens e acontecimentos, preservando os valores culturais do Pavilhão da Lapinha.  

Embora o edifício não seja um bem tombado e nem esteja localizado em um sítio reconhecido como patrimônio, possui valores históricos, arquitetônicos e artísticos concentrados especialmente na sua fachada, que merecem ser preservados.

“Iremos restaurar e resgatar um dos mais importantes equipamentos culturais da cidade, que é este pavilhão. O imóvel retrata a data mais importante de nossa história e isso precisa ser enaltecido, preservado e transmitido para as gerações futuras. A Prefeitura tomou a decisão, em parceria com o Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (IGHB), de implantar esse memorial, que contará a história da Independência da Bahia e dos festejos ao 2 de Julho”, destacou Bruno Reis.  

Para a implantação do memorial, serão construídos três pavimentos no fundo do lote, abrigando elevador, sanitários, área de exposição e sala administrativa. Tudo isso conectado ao espaço do pavilhão existente através de estrutura metálica, aproveitando o amplo pé-direito (altura entre o pavimento e o teto). Com isso, os visitantes passarão por galerias, passarelas, escadas com estrutura de aço com piso e guarda-corpo em vidro, além de mezanino, pelos quais será possível ter visões privilegiadas dos carros alegóricos e caboclos, que serão as principais atrações do memorial.

Outras intervenções

O projeto de requalificação do Pavilhão 2 de Julho contempla ainda a restauração da fachada frontal do imóvel para a retirada das camadas de tinta que já descaracterizam as formas do relevo original, bem como sua repintura e uma nova iluminação cênica. Com esta intervenção, a ideia é inserir no pavilhão que foi construído em 1918 uma arquitetura contemporânea que estabeleça um diálogo harmonioso com a história de mais de um século atrás. 

“Os elementos simbólicos referenciais da história da Independência do Brasil na Bahia passarão a contar com um espaço apropriado e digno da sua importância e poderão ser visitados e cultuados dignamente”, destaca Tânia Scofield, presidente da Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF).

De acordo com Joaci Góes, presidente o IGHB, o espaço dará aos visitantes a oportunidade de mergulhar na história.

“Entre 80% e 90% dos baianos não compreenderam ainda o que representa o 2 de julho. Muitos pensam simplesmente com uma festa bonita e animada, mas não sabem na realidade que a data foi a consolidação da Independência do Brasil. Sem o 2 de Julho teria havido um fracionamento do país do mesmo modo que aconteceu com as colônias espanholas da América do Sul. Foi a Bahia que permitiu que o Brasil tivesse hoje as dimensões que ele possui”, explicou. 

As intervenções no pavilhão ficarão a cargo da Superintendência de Obras Públicas (Sucop), enquanto o restauro dos carros e das imagens do Caboclo e da Cabocla será executado pelo artista plástico e restaurador José Dirson. O profissional é responsável por intervenções em diversos equipamentos públicos da cidade, a exemplo do que ocorreu no Monumento ao Dois de Julho, no Campo Grande, em 2019.  

O projeto museológico e expográfico do memorial que será implantado em alusão à Independência do Brasil na Bahia ficará sob responsabilidade da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult) e Fundação Gregório de Mattos (FGM).

Fonte: Muita Informação

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