Foto: Agência Brasil

O Governo da Bahia flexibilizou o uso de máscaras em locais fechados, mantendo a obrigatoriedade em unidades de saúde e a recomendação da utilização da proteção no transporte coletivo. O decreto será publicado no Diário Oficial do Estado nesta terça-feira (12).

De acordo com o diretor do Sindicato das Escolas Particulares da Bahia (Sinepe-Ba), Mário Sérgio, a entidade seguirá as recomendações sanitárias do Governo do Estado, mas vai recomendar que os professores mantenham a segurança individual.

“Normalmente, a gente acata o que diz uma autoridade sanitária. Se eles decretarem que há essa abertura para as pessoas não mais utilizarem máscaras, a gente não vai impedir. A gente não pode falar lá fora, está liberado, mas aqui dentro (da escola) o uso é obrigatório. Como diretor de escola, não me sinto confortável para fazer isso [liberar o uso]”, pontuou.

Mário afirmou  que, como cidadão, não se sente seguro o suficiente para deixar o acessório de lado. O Sinepe-BA vai se reunir com outros dirigentes, nos próximos dias, para definir o direcionamento dessa questão para a categoria.

“Como cidadão, vou usar máscara em alguns lugares. De antemão, não acredito que o posicionamento da entidade seja esse [liberar as máscaras]. Tenho quase certeza de que a recomendação deve ser para que as pessoas que se sentirem desconfortáveis, inseguras nos locais de trabalho, que usem a máscara”, disse.

“Eu, particularmente, costumo usar e não pretendo deixar de usar tão cedo, não até que eu me sinta seguro, principalmente porque a gente fala muito com aluno, e é questão de segurança. É tudo tão novo, mas a insegurança continua. A gente fica com aquela coisa na cabeça, se tirar, não sabe de que forma pode se contaminar nem como o vírus vai reagir”, argumentou.

A professora Tayane Copque leciona para crianças entre 5 e 7 anos no Colégio Plural. A direção já avisou que não vai aderir ao decreto estadual e recomendou o uso da máscara nas dependências da unidade, que fica no bairro de Paripe, no Subúrbio Ferroviário de Salvador. A docente pontua que, mesmo reconhecendo a importância do item para barrar o avanço da Covid, sente dificuldades para ensinar, principalmente para crianças especiais.

“A direção já disse que não vai aderir, que vai continuar usando máscaras. Só que eu tenho dois alunos autistas e para falar com eles é preciso usar bastante a expressão, gesticular e eu preciso retirar a máscara. Lá também tem um deficiente auditivo e a colega tem que retirar a máscara para se comunicar com ele. É bem difícil. Eu mesmo, que alfabetizo, preciso muito das expressões faciais até para eles verem como se fala”, explicou a professora.

Fonte: Muita Informação

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