Foto: Divulgação

Em greve por 48h, os profissionais de enfermagem realizam uma nova manifestação na manhã desta sexta-feira (30), em Salvador, em protesto pelo andamento da Lei 14.434, de 2022, que visa o reajuste salarial da categoria e já sancionada pelo presidente, mas que ainda passa pelo crivo do Supremo Tribunal Federal (STF). O grupo iniciou o movimento na frente do Hospital Geral Roberto Santos, no Cabula, e saiu em caminhada por Narandiba e vão finalizar na avenida Paralela. A Alta Corte tem até o final desta sexta para tomar uma decisão sobre os rumos da lei.

Segundo a presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Estado da Bahia (Seeb), Alessandra Gadelha, a expectativa é que antes que o prazo final extrapole que haja uma intervenção dos ministros que ainda não deram o parecer sobre lei, que seja favoráveis à categoria, ou até que o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva intervenha junto a presidente do STF, ministra Rosa Weber, para um possível diálogo entre as esferas.

“Os ministros do STF precisam dar um parecer sobre a lei e o que está acontecendo hoje é que cada um (ministro) vem tomando uma decisão e legislando em cima de uma lei que já foi sancionada pelo presidente, lei esta que já tem duas emendas constitucionais e outra lei complementar que saiu direto do presidente da República. Então, o que é que o Supremo está fazendo: a cada lei que um ministro vai dando um parecer vai alterando a lei e da forma como a realidade vem se configurando, hoje é o último dia para finalizar o julgamento”, disse Alessandra.

“Se esses pareceres se mantiverem, porque estão formando maioria, vai ser extremamente prejudicial para a categoria da enfermagem. Então, essas manifestações que estão ocorrendo não só na Bahia, mas em todo o Brasil, é uma resposta da enfermagem brasileira às decisões que estão sendo tomadas pelo STF. A gente espera que os últimos ministros que faltam dar os pareceres sejam favoráveis a categoria ou que Lula entre em contato com o presidente do Supremo e suspenda temporariamente para que haja um diálogo entre o poder público e a categoria, de maneira que não cause tanto impacto e prejuízo”, completou a sindicalista.

A categoria está em greve de 48h desde a última quinta-feira (29), com previsão de retomada normal aos serviços neste sábado (1º). De acordo com a presidente do Seed, os profissionais de saúde ainda vão se reunir para mais um ato de protesto no próximo domingo (2), na Lapinha, durante os festejos do Cortejo da Independência da Bahia.

“Então, estamos alinhados com os sindicatos. Ontem teve greve e hoje também é de 48h. Dia 2 estaremos na Lapinha porque o 2 de Julho é um espaço de resistência e de luta”, frisou Alessandra. 

Fonte: Muita Informação

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